sábado, 31 de outubro de 2009

31 de Outubro: Gostosuras ou Travessuras?

Hoje comemora-se o Halloween, o "dia das bruxas". De forma ridícula, tenta-se importar essa celebração americana e implantá-la no Brasil.

Não pegou!

Foi estranho ver uma criança fantasiada andando num calor tropical de 35 graus sob o olhar irônico dos transeuntes na minha cidade... A pergunta "gostosuras ou travessuras?" não faz o menor sentido em nossa realidade.

O pior é que fica em segundo plano um evento muito mais importante e significativo que também deveria ser lembrado nesse 31 de Outubro:

a Reforma Protestante.

Há 492 anos, um cara desafiou o status e levantou-se contra o mainstream: Lutero.

"Gostosuras ou travessuras?" Lutero esolheu a segunda.

Gostaria de ver mais travessuras assim no meio cristão.

Eu desafio vc a se mexer (I dare you to move - Switchfoot):

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

"Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço"




“Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço. E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim.
Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e, com efeito, o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço.
(Romanos 7 :14 a 19)

Como Paulo conseguiu expressar tão claramente o sentimento que temos quando erramos... Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço.
Quando causamos aquela decepção amarga, aquela que mesmo que ninguém saiba, mesmo que ninguém tenha descoberto nosso erro, não nos deixa em paz.

Eu não agüento mais fazer promessas pra mim mesma. Me desespera quando mentalmente começo a elaborar mais uma, do tipo:


Da próxima vez que fulana vier com fofoca, vou mandar ela orar.
Da próxima vez que o meu marido me chatear, vou ficar calada e conversarei com ele em outro momento.
Ah! Se hoje o buffet de doces for free, vou comer só uma fatiazinha de pudim. (que coisa!)
Prometo que hoje deixo a TV e vou ler alguma coisa útil.
Vou ser mais amável com minha mãe, mesmo que ela tente me contar a mesma história pela oitava vez.

Porque será que é tão mais fácil (pelo menos, no momento) falar rispidamente, ser cínica, mentir, ignorar...
Porque será que não conseguimos agir com os outros da forma como gostaríamos de ser tratados?
E sabe o que é pior?
Exigimos do outro.
Exigimos amor. Exigimos atenção, fidelidade, cordialidade...
E o que temos para oferecer em troca?


Pior ainda...
Exigimos de Deus... Amor, fidelidade...

Acho que a dor que nos atormenta quando caímos é justamente por Deus não nos negar nada disso.
Apesar de muitas vezes cedermos ao mal que habita em nós, Ele nos ama, é fiel e perdoa.
Porque “onde abunda o pecado, superabunda a graça” (Rom 5)

Hoje é um dia em que parei para lutar contra minhas vontades. E mais uma vez... Perdi!
Esqueci de me revestir da armadura de Deus. Fui sem o escudo e sem a espada.

É como uma frase dessas de banheiro de rodoviária que sempre me vem à mente: “O homem que domina aos outros é forte aquele que domina a si mesmo é poderoso.”
Provérbios 25:28, compara o domínio próprio de uma pessoa com um muro de proteção.

Não se compra Domínio Próprio na farmácia (embora ele seja remédio para grandes males) e nem no supermercado. O Domínio Próprio é um dom do Espírito Santo.
Precisamos ser como João, que de Filho do Trovão, tornou-se o discípulo do amor.
E Ele só conseguiu isso no momento em que quis ter intimidade com Deus.
É uma urgência nos voltamos na direção do Espírito Santo. Só assim seremos capazes de resistir aquelas coisas que nos fazem vítimas das próprias fraquezas.

sábado, 10 de outubro de 2009

Jesus, nossa única esperança




Recentemente tive o prazer de ver dois amigos preciosos serem batizados. Pude acompanhar o processo de conversão deles, as dúvidas, as provações e o modo amoroso como o Senhor lidou com eles.
Mas apesar de perceber o poderoso e positivo impacto do evangelho na vida deles, percebi também quantos fardos a igreja impõe nas pessoas, tornando a mensagem poderosa de Jesus em algo estranho, confundindo e às vezes dificultando a aproximação.

Enquanto estudávamos os grandes e importantes temas da Bíblia (Criação, Queda e principalmente a Redenção) sempre surgiam perguntas relativas a detalhes do estilo de vida adventista: roupas, divertimento, jóias, etc.
A impressão que esses amigos tinham do adventismo era de uma religião do “não-pode”. E o pior é que essa impressão era bem fundamentada na observação dos adventistas que eles conheciam.

O próprio culto de sábado e suas muitas formalidades se tornaram uma barreira a ser vencida (nem creio que escrevi isso...). Sim, o culto é tão formal e cheio de coisas sem significado que essas pessoas cujos corações foram tocados por Jesus não entendiam a razão pela qual nos reuníamos semana após semana para nos chatearmos mutuamente em público.

Isso me fez pensar bastante: o que fizemos com o evangelho? Como conseguimos deturpar uma mensagem tão poderosa?
Acho que sei onde erramos. Foi quando perdemos Jesus de vista. O verdadeiro Jesus, conforme apresentado na Bíblia, nada tem a ver com esse personagem maçante e culturalmente irrelevante que é apresentado pelos cristãos em boa parte do mundo. Não me surpreende que muitos não querem ter nenhum contato com essa caricatura de Jesus que insistimos em mostrar.

Ver essas pessoas com o coração palpitando de amor por Jesus, o primeiro amor, e superando todas as barreiras levantadas por nossas questiúnculas e picuinhas me fez ver novamente Jesus como Ele é. Precisamos descobrir quem Ele é... Todos os dias. E viver essa verdade.
Jesus é nossa única esperança.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Família...


Eu estava saindo, bem atrasada (como de costume) quando o telefone tocou.
Raramente atendo o telefone em situações assim... Mas, num impulso, atendi.
Era um senhor falando um portunhol muito elegante, perguntando do meu marido, querendo saber quem era o atual pastor da igreja Central... E fomos batendo papo... Percebi que era um senhor já de idade avançada, mas que papo bom! Quanta cultura e quantos casos... Gostoso de ouvir.


No meio do assunto ele me contou que uns anos atrás montou um grupo de estudo da bíblia aqui na cidade de Indaial. Havia quatro pessoas estudando com ele. O grupo cresceu um pouco e ele teve que se mudar pra Joinville, mas olha que coisa! Ele vinha duas vezes no mês, ajudar no grupo que havia criado.
Em seguida se mudou pra Blumenau e ficou mais perto, mais fácil e ele vinha toda semana estudar com aquelas pessoas.
Eles criaram um vínculo forte, uma grande amizade. E aquele grupo de pessoas que queriam saber mais de Deus ainda existe. Mas hoje conhecemos como a Igreja Central de Indaial.

Aquele senhor em poucos minutos me contou como a igreja que frequento nasceu e que ele fez parte dessa história. Achei interessantíssimo e fiquei feliz por ter atendido o telefone.
Mas por fim, perguntei a ele o que exatamente ele queria saber, se eu podia ajudá-lo.
E aí sim... Ganhei meu dia! Aquele senhor me deu uma grande lição.
Ele disse que mora sozinho com a esposa. Eles recém chegaram do hospital, onde ela havia realizado um exame de rotina e foi dormir...Ele leu um pouco, mas queria conversar. Por isso ligou para uma "irmã". Ele só queria conversar...


Os filhos se casaram, se foram... A esposa está doente... E ele ali, sozinho... Lembrou-se que faz parte de uma grande família. A família de Deus.
Foi muito importante pra mim ouvir e entender isso.
Minha família de sangue está longe, choro de saudade da minha irmã, quero o colo da minha mãe, me preocupo com meu irmão, meu sobrinho... E às me sinto tão sozinha... Cansada.
Tinha me esquecido quantos irmãos tenho perto de mim.
Me lembrei do culto hoje de manhã na sala dos professores. Aquelas pessoas são minha família, meus irmãos.


Agradeci a Deus em silêncio.
Orei pelo senhor Ramirez e saí... Muito satisfeita por ter atendido o telefone.